No dia 6 de dezembro, estreou na Netflix o filme “Mary”(Virgem Maria no Brasil), uma obra biográfica que tinha como objetivo mostrar a trajetória da mãe de Jesus, desde a infância, aos momentos em que teve que fugir com José. Apesar da premissa ser interessante aos católicos, o filme não teve a recepção esperada e vem gerando críticas nos sites avaliadores e nas redes sociais.
Uma das principais críticas foi sobre o elenco e o momento mundial de guerras que estamos acompanhando. Lembrando que, os atores Noa Cohen, Ido Tako, Ori Pfeffer, Mili Avital, Keren Tzur e Hilla Vidor são israelitas, deixando alguns internautas incomodados com a proposta do filme, visto que Israel vem sendo protagonista de ataques maciços pelo Oriente Médio.
“A Netflix achou que seria uma boa ideia escalar um israelense para representar a mãe Maria, como se os israelenses não estivessem bombardeando a terra natal do próprio Jesus e também todas as igrejas”, comentou um internauta.
Entenda melhor a polêmica em torno de Mary
No Rotten Tomatoes, o filme também não teve uma boa recepção com a crítica e possui apenas 30% de aprovação, contra 45% por parte da audiência. Em outros portais, como Collider, Isabella Soares fez uma análise afirmando que o filme é “superficial e pouco inspirador” e escreveu: “Mary é totalmente irregular, e seu roteiro cai por terra”.
Sobre a abordagem religiosa, Joseph Pronechen, do National Catholic Register, disse que o enredo é contraditório, pois o filme “retrata a Mãe Santíssima com reverência, mas toma liberdades preocupantes com a doutrina católica”, como retratar Maria tendo dores de parto durante o parto, o que ele alegou ser contrário aos ensinamentos católicos.
Conflito com Israel
De acordo com o relatório da ONU Mulheres, mais de 40 mil palestinos já morreram nos conflitos, desde que os ataques começaram em outubro de 2023. Nestes números, 70% são mulheres e crianças.
Qual era a proposta do filme?
Diante das críticas, o diretor DJ Caruso, afirmou em uma entrevista ao Entertainment Weekly que o elenco foi escolhido para mostrar a história de uma forma mais amadurecida: “superar o estigma social, fugir de um rei ciumento e suportar o peso de um destino que mudará o mundo”.
No enredo, a trama mostra a Virgem Maria com base nos textos sagrados, tendo como participação especial de Anthony Hopkins, vivendo o Rei Herodes. Além da jornada de Maria, o filme também aborda como ocorreu o pedido histórico de eliminar todos os meninos em Belém.