A Mulher da Casa Abandonada vira série e chega em streaming em 2025

Em 2022, o podcast “A Mulher da Casa Abandonada” se tornou um fenômeno nacional, ao narrar a história intrigante de uma mulher que vivia em um casarão abandonado em um dos bairros mais caros da cidade de São Paulo. Liderado pelo jornalista Chico Felitti, feito para a Folha de São Paulo, o projeto teve tanta repercussão que produtores de audiovisual se interessaram em transformá-lo em uma série para o Amazon Prime Video. 

A novidade foi revelada durante o CCXP 2024, onde Felitti deu alguns detalhes sobre a adaptação em forma de documentário: “Pra mim, não faria sentido transformar o podcast em série se fosse só para dar cara ao que era narrado. Era preciso ir além, era necessário se aprofundar nessa história, que mostra tanto do Brasil”. 

“Essa série só pôde ser realidade, porque essa história não teve fim, com novos fatos, novos personagens. A gente traz um pouco da história do podcast, para quem não ouviu conseguir entender do que se trata, mas vai muito além”, continuou. 

Saiba todos os detalhes da série documental A Mulher da Casa Abandonada

Durante o painel do Prime Video, o jornalista também explicou que a série vai trazer personagens inéditos e cruciais para complementar a narrativa, que só foram descobertos após a publicação do podcast: “Era apenas uma reportagem, como outras que já fiz e faço há 20 anos. Mas eu sabia que era uma história interessante, tinha uma coisa inédita que me fascinou, mas eu não sabia que ia acontecer o que aconteceu. Apesar de ser esquisitíssimo, precisamos saber os desfechos”, finalizou. 

Conheça a história de Margarida Bonetti

No podcast, o público acompanhou a história de Margarida Bonetti, uma figura curiosa que mora em um casarão que chama a atenção por sua degradação em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista. Ao pesquisar sobre ela, Felitti descobriu que na década de 1970, Margarida mudou para os Estados Unidos ao lado do marido Renê Bonetti, com quem havia se casado recentemente.

Junto com eles, se mudou a empregada doméstica, que na época era anafalbeta e foi mantida em condições análogas à escravidão até meados dos anos 2000. Conforme o jornalista buscou dados, descobriu que Renê foi condenado pela justiça norte-americana, mas Margarida conseguiu fugir após as denúncias, antes de receber a condenação. Desde então, ela vive no casarão herdado por sua família e há 20 anos é procurada pelo FBI.  

Vale destacar que a série documental ainda não tem data de estreia no streaming e tem como intenção trazer uma nova perspectiva para este true crime nacional. 

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