Prestes a completar 10 anos, Interestelar é um dos filmes mais conhecidos de Christopher Nolan. Embora o diretor seja responsável por A Origem e a trilogia Cavaleiro das Trevas, o filme com Matthew McConaughey é considerado seu maior trabalho para muitos fãs.
Nolan está em turnê de lançamento de Oppenheimer, longa que chega aos cinemas em julho, retratando a história do físico J. Robert Oppenheimer, responsável por criar a bomba atômica. Foi durante suas recentes entrevistas que o diretor voltou a falar de Interestelar.
Mais especificamente, Nolan comentou acerca do final do longa, até hoje tópico de discussão. Por sua conclusão bastante aberta, o filme se tornou fonte de inúmeras teorias. Segundo o diretor, isso foi proposital.
Você terá que vê-lo novamente. Ele está lá para você fazer o que quiser. As pessoas sempre têm interpretações radicalmente diferentes das coisas que eu coloco lá, mas eu sei o que penso e não gosto que tenha mais validade do que a experiência que você tem assistindo.
Interestelar: Christopher Nolan explica personagem de Matt Damon
Depois de uma incursão em um planeta aquático, Cooper e companhia vão até um novo planeta a resgate de Mann. O astronauta à deriva é interpretado por Matt Damon e é responsável por trair a equipe, causando uma grande reviravolta na viagem.
É muito simples: egoísmo e covardia. É muito humano, e eu amo o que Matt fez com ele; ele encontrou a realidade. É o tipo de sequência em que você odeia o cara porque ele está fazendo algo que você acha que você pode acabar fazendo em uma situação semelhante. É muito lógico, mas sua racionalização é extraordinária: a maneira como ele foi capaz de transformar sua própria covardia em algo positivo. A solidão e o desespero nos levam a fazer coisas loucas.
O diretor ainda brincou e pediu desculpas para Michael Mann, cineasta americano, afirmando que a escolha do nome não foi direcionada a ele. “Mann é um grande nome, sem dúvida. Mas quando o batizei assim, senti que tinha que ir em frente. Também pedi desculpas a Michael Mann. Eu lhe disse, ‘Não é uma afronta’.”